Design e Cultura Surda
No início do século XXI, o ensino de Libras se tornou obrigatório para os cursos de licenciatura nas universidades públicas e particulares no Brasil. Uma medida necessária para diminuir a desigualdade social entre pessoas surdas e ouvintes. Já para um curso que forma bacharéis em Design Gráfico, a disciplina de Libras tem status de optativa, embora também forneça ao estudante subsídios relevantes para o desenvolvimento de projetos que visam tornar o mundo mais inclusivo. É o caso de alguns TCC em Design são desenvolvidos no Curso de Design da UFS. Por intermédio de pesquisa qualitativa de natureza exploratória e de caráter aplicado, os estudantes desenvolveram produtos tais como: um livro infantil ilustrado bilíngue sobre aspectos da cultura local, um material didático complementar para a alfabetização bilíngue de crianças com surdez. Nos trabalhos, as metodologias do Design Participativo e Co-Design foram fundamentais para nortear os procedimentos de coleta e interpretação de dados. A parceria com pesquisadores do campo de Letras-Libras também têm favorecido para possibilitar o diálogo com outras áreas do conhecimento e ampliar os saberes no campo do Design.
Em uma perspectiva interdisciplina e diante das experiências obtidas nos últimos anos, egressos do Curso de Graduação em Design da UFS ingressaram em 2024 em programas de mestrado – Design na UFPE e Ciência da Informação na UFS – com propostas de pesquisas voltadas para o desenvolvimento humano com foco na comunidade surda. E, por isso, a pedido dos egressos, o Grupo de Pesquisa Design, Cultura e Sociedade abriu mais uma linha de pesquisa: Design e Cultura Surda.